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SdV Reviews: Buk Porão apresenta: Rancor, Ato 5, Orelha Seca e Asco


O Buk Porão sediou neste sábado, um evento com uma mistura de gerações no mínimo interessante! Encabeçado por Tovar (Bosta Rala), reuniu da velha velha guarda 80's à geração 2000.

E a noite se seguiu em ordem cronológica, primeiro Ato 5. Punk diretamente dos idos dos anos 80 em plena Salvador. Nem a idade, nem o desgaste natural de um relacionamento de exatos 30 anos, foram empecilhos pra fazerem um show pra lá de animado. O mais interessante, talvez, tenha sido a aparição de pessoas também da velha guarda, claramente empolgadas com o acontecimento. 
    - Figado (Asco) virado no moi de coentro
Bagunçando um pouco a linha do tempo, a Asco já é criação do novo milênio. Porém, alimentada por criações clássicas de outrora. Com a energia ligada - não diria nem em 220, mas em 380, tocavam um grindfastnoisecore alucinado. O baterista fígado toca como se 
não houvesse daqui a pouco. É o lema toque rápido ou morra levado ao extremo. Seu próprio colega de conjunto reclamou da velocidade da execução (mas isso é mal de guitarrista!). A Asco é uma das 11 bandas recém-documentadas na Web-Série Cena Morta, e você pode assistir aqui: 

- Maldito e Nal (Rancor) velha guarda
Voltando a bagunçar a cronologia: foi falado que no show da Ato 5 tinham pessoas da velha guarda animadas. Uma delas era Maldito, linha de frente da Rancor - que se apresentava em seguida, e conta também com Nal, ambos integrantes de algumas bandas anarcopunks desde os anos 90, como Escato, Neurastenia e Expurgado. Completando a formação com Nal e Caleb que já são duma turma mais nova (mas nem tanto assim). Segundo o próprio Maldito, não tinham  tocado ainda esse ano, porém, sem perder a forma. Discorrendo um crust punk raivoso, sem muito tempo pra respirar - o que já estava difícil de se conseguir, devido ao fato de algumas pessoas estarem fumando dentro do local. Além do rancor sonoro, alguns discursos 
de cunho anarquista entre uma música e outra.

Encerrando a noite, os famigerados do "D-Beat Drunk Crust" da Orelha Seca, mais uma representante da não tão jovem guarda, estando na ativa já há 15 anos (debutaram). Doriva (baixo e vocal) foi mais um que levou um lema ao pé da letra, o que acabou dando uma ótima pitada de humor ao clima pessimista e denso do som e letras da banda. Arriscou até um drunk espanodorivês. Nadaram contra a maré da noite, fizeram um show mais enxuto, inclusive levando em consideração o horário que já não se fazia nem um pouco conveniente, resultando numa diminuída expressiva na quantidade de pessoas presentes, que inclusive, levando em conta o feriadão: "deu uma galera legal", como se costuma dizer.

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